segunda-feira, 1 de novembro de 2010

P

" Neste momento o desespero diz-se mais forte que eu, faz-se mais forte que eu, faz-me fraquejar de tal forma que os olhos inchados e sensíveis da maquilhagem da última noite não se tornam nem desculpa nem justificação.
Nem sei na situação em que me meti, nem percebo o que posso fazer para sair desta frustração.
Todos os dias fico na esperança que a próxima vez que o meu telemóvel tocar vai aparecer o nome do teu contacto com o coração que eu nunca tive a dita coragem de tirar. Todos os dias eu espero por ter que receber uma mensagem tua e ao contrário do que todas as pessoas pensam, eu não preciso de um " volta para mim ", nem preciso nem quero, preciso sim, sem qualquer dúvida dum " tenho saudades de falar contigo".
Toda esta esperança porque mais uma vez, eu não tenho a dita coragem para fazer o que quero que faças, talvez ainda não me tenha apercebido, que o tempo em que eu não precisava de dizer nada para me dizeres alguma coisa, já lá foi.
Eu não preciso dos teus elogios, preciso dos teus conselhos, eu não preciso que me faças sorrir, preciso que me vejas chorar, eu não preciso do teu romantismo, preciso da tua brincadeira, eu não preciso que me beijes, preciso que me abraces, que me abraces com força.
Eu não preciso de vestir a tua roupa, preciso de a ver, à minha frente, vestida em ti, e nesse momento, não preciso que te lembres de como o meu perfume ficou entranhado nela mas como eu a adorava sem nunca a ter visto.
Eu preciso que esqueças o nosso mês, e que te foques na primeira semana, é dela que eu tenho saudades.
Acima de tudo, mais uma vez, preciso da (dita) coragem para te fazer perceber o quão a tua amizade me era preciosa.
Preciso que voltes da mesma maneira que vieste, esquecendo o tempo em que ficaste. "

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